<$BlogRSDUrl$>
.

HitdaBreakz

9/08/2007

Strut - o regresso



No dia de Halloween do ano de 2003, a Strut pregava a partida que menos me interessava : o seu fecho. Discos como a compilação "Grass Roots" do Ashley Beedle foram a minha porta de entrada para mundo novo que pura e simplesmente desconhecia. Foi nessa compilação que conheci e me apaixonei até hoje por temas como o "Stop Bajon" do Tulio de Piscopo, o "Sweet Thing" de Rufus com Chaka Khan, "Hihache" da Lafayete Afro Rock Band ou "Adventures in success" da Will Powers. Esse tema da Will Powers então fez-me, obrigou-me a olhar para o Sting com todo um renovado respeito. Afinal de contas, é ele o responsável por uma das músicas que mais amo na vida.

Mas nem só desta compilação é (era) feita a Strut. Outros pontos altos foram a compilação "Grass Roots" do Danny Krivit, cheio de pérolas do disco; a compilação "DJ Pogo presents Block Party Breaks", pelo contacto directo com os breaks que moveram as pistas do passado; a "Music for dancefloors" da KPM ou da Chappell Music, a minha antecâmara antes do mergulho, anos depois, a fundo no mundo da library music; a "Disco not disco", mostrando que a música de dança tinha mais caras do que até aí tinha sido percebido; a "Live at the Paradise Garage" pelo contacto na primeira pessoa com a música do dj que era Larry Levan.

Se há coisa que não se pode (podia) chamar à Strut é de não tentar ser o mais abrangente possível. E era isso que mais me cativava nela. Isso e o facto de serem de um bom gosto musical inatacável. Mas, nesse agora longínquo ano de 2003, a Strut fechou portas, supostamente para sempre.

Boa fortuna a nossa quando, este ano, a !K7 toma a decisão de comprar a marca, pegar novamente no selo e relançá-lo em moldes semelhantes ao que era antes. Com o mesmo A&R e tudo, Quinton Scott. Como se a Strut tivesse feito um sono de 4 anos e só agora voltasse a acordar.

Que continue a belíssima história que estava a contar.