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HitdaBreakz

3/31/2007

Logo à noite, no Lux...


...vou repetir uma experiência de há uns anos e passar discos durante algumas horas a convite da noite Chocolate City de Yen Sung. A propósito desse desafio elaborei uma pequena chart que foi publicada no flyer/zine do Lux deste mês. E que eu agora aqui reproduzo. A ideia é servir de amostra ao que poderão ouvir esta noite. Até logo!...

01. James Brown – Sho is Funky Down Here (1971)

Há mais de 20 anos que há discos de JB na minha colecção. Mas este foi uma descoberta mais tardia: resulta de uma sessão comandada por Dave Matthews, o hippie que James Brown recrutou para dar um sabor psicadélico aos seus discos. E o tema título deste álbum de instrumentais é um mantra blues com clavinet e fuzz guitar. Combinação geralmente imbatível.


02. Marvin Gaye – T Plays it Cool (1974)

James e Marvin. Nunca andaram os dois longe um do outro, nos meus hábitos musicais. Curiosamente, escolho temas instrumentais de ambos, talvez por serem menos difíceis de eleger do que os vocais. Este tema do Marvin, para a banda sonora do “Trouble Man”, é absolutamente impressionante: enorme break – é o próprio Marvin na bateria – e uma tensão que se pode cortar à faca.


03. Asha Puthli – Space Talk (1976)

A carreira de Asha foi fruto daquela breve paixão que a América pós-hippie teve pela Índia. Depois de gravar com Ornette Coleman em 72, Asha fez uns álbuns a solo incluindo “The Devil is Loose” de onde vem este “Space Talk” – funky disco em gravidade zero.


04. Kellee Patterson – I’m Gonna Love You Just a Little More, Baby (1976)

Descobri a versão da ex-Miss Indiana (uma proeza para uma jovem negra, em 1971) para o clássico de Barry White na clássica compilação “The Smoocher”, da francesa Big Cheese. Esse álbum, com uma fantástica capa, foi a grande banda sonora da loja Lollipop no Bairro Alto – um pequeno templo de soul, funk, jazz e electrónicas que marcou a Rua do Norte nos anos 90. Acho eu.

05. Ish – Don’t Stop (1979)

Este maxi da TK Disco é algo atípico: toada lenta, solo de moog, voz feminina sussurrada. E parece que dura para sempre, apesar de ter “apenas” 10 minutos na sua versão mais longa.





06. Bronx Dogs – Tribute to Jazzy Jay (1997)

Um tema que parece ter sido feito de propósito para mim: é disco, é house e é também uma sentida homenagem a um pioneiro do hip hop. E tem breaks, samples de clássicos e até um cheirinho de vocoder…





07. The D.O.C. – Portrait of a Masterpiece (CJ’s Ed Did It Mix) (1989)

The D.O.C. tem uma obra-prima perdida do hip hop produzida por Dr Dre de título “No One Can Do It Better”. “Portrait…” é retirado desse álbum, mas eu gosto particularmente da remistura hip house de CJ Macintosh.


08. Mos Def – Ms Fat Booty (1999)

No tempo em que a Rawkus dominava o mundo e Mos Def ainda não tinha sucumbido a Hollywood, o hip hop dava-nos clássicos quase todas as semanas: este tema, que sampla Aretha de “One Step Ahead”, é um dos maiores.






09. DJ Shadow – This Time (I’m Gonna Dub it My Way) (2006)

Versão instrumental para o melhor momento de “The Outsider” que deixa bem claro que Shadow é um dos mais completos produtores da actualidade.




10. MFSB – Love is the Message (1973)

Este tema, sobretudo na versão longa de mais de 11 minutos, é o exemplo acabado da perfeição e do equilíbrio: arranjos sublimes, crescendo irresistível, mistura visionária de Tom Moulton. E os anos não lhe pesam.