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Ray Barreto R.I.P.

Morreu ontem Ray Barreto. E assim desaparece um dos gigantes que ajudou a impor a linguagem do Boogaloo latino na caldeirada sonora de Nova Iorque. Barreto nasceu em 1929 em Porto Rico, mas foi em Brooklyn que encontrou uma casa e o ambiente que lhe permitiu desenvolver um enorme talento como congueiro. Esses atributos levaram-no a gravar em centenas de discos de outros artistas como Gene Ammons, Cannonball Adderley, Kenny Burrell, Lou Donaldson, Red Garland, Dizzy Gillespie, Freddie Hubbard, Wes Montgomery, Cal Tjader e Dizzy Gillespie (o homem que trouxe a sensibilidade latina para o jazz com o seu trabalho com o percussionista Chano Pozo). mas além de homem de sessão, Barreto foi igualmente um belíssimo líder que gravou clássicos como Hard Hands e Acid, discos que lhe valeram a reverência da geração Acid Jazz. E exactamente por estarem repletos de rare grooves, esses álbuns transformaram-se igualmente em objectos de desejo para diggers de todo o mundo. Barreto foi o homem que substituiu o gigante Mongo Santamaria no grupo de Tito Puente. O que diz tudo do seu calibre. Mais tarde ajudou a fazer dos Fania Allstars uma revolução na Nu Yorica dos anos 70. Paz à sua alma!