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HitdaBreakz

2/21/2006

Back to diggin'!


Já há um bom tempo que não há um post deste género aqui no HdB. E só isso já é uma óptima razão para o fazer. Além, claro, do pormenor de nos últimos tempos me ter cruzado com uma série de óptimos discos que merecem ser mostrados. Estes álbuns chegaram à minha colecção de uma série de diferentes maneiras - trocas, Cash Converters, Feiras da linha, etc. O que significa, claro, que nenhum deles ultrapassou os dois euros em preço. O que tendo em conta algumas das pe´rolas que aqui mostro é, obviamente, uma ninharia. Vamos a isto então.

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Electronic System – Revival (Mycro Sound)

É claro que num disco destes bastaria a capa. Trata-se de um típico álbum de Library que tem a particularidade de ter sido produzido em Espanha. Não consigo, no entanto, perceber se se tratava de uma real editora de Library Music ou se pelo contrário era apenas um disco inspirado na estética visual e musical dessas editoras. Seja como for, apresenta-nos versões carregadas de ingénuos moogs para clássicos absolutos como Apache ou Telstar além, claro, do indispensável Hava Naguila… pode dar jeito para o próximo Bar Mitzvah em que eu vá pôr música.

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Abel – Please World (Fantasy)

Belíssimo álbum de Latin Rock editado na Fantasy na segunda metade da ´decada de 60. Obviamente, tendo em conta a data, há maneirismos psicadélicos a ter em conta. E doses generosas de groove misturadas com guitarras. E um excelente break de bateria. E… Rewind! Break de bateria? Yes!

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Serge Gainsbourg – Mauvaises Nouvelles dês Etoiles (Philips 1981)

Que dizer mais deste disco ? É um álbum de 81 que Gainsbourg gravou nas Bahamas nos famosos Compass Studios com a ajuda da dupla jamaicana Sly & Robbie. E que rendeu temas fabulosos como Ecce Homo!

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Vários – Green & Yellow (Varig, 72)

Há vários álbuns brasileiros patrocinados por companhias aéreas, hotéis e restaurantes e quase todos valem a pena. Este é mais um exemplo, embora dos mais fracos dessa “corrente”. Contem arranjos de um tal Pocho Perez e um lado dedicado a canções de gente como Edu Lobo e Jorge Ben (gente boa) e um segundo lado com dois medleys samba-style. E uma belíssima capa!

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Karen Silver – Set Me Free (Quality, 1983)

Mais um disco da canadiana Quality, este em edição nacional através da Gira. Capa horrível, o nome nada me dizia, mas se o selo da Quality só por si já deve servir como alerta, o facto de ter a mão de Gino Soccio no álbum todo só pode mesmo significar coisas boas. Este mestre do Disco (e pioneiro do House) produz, arranja e toca em todo o álbum e até compõe alguns dos temas. E o resultado é uma interessante mescla de Disco, Boogie e proto-house.

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Eugene Wilde – Gotta get You Home Tonight (Island 12”, 1984)

É a este tipo e discos que os diggers da Soul Strut chamam Modern Soul (e que parecem estar a assumir-se como uma forte corrente do diggin’ actual). Ou seja, discos de soul editados no início dos anos 80. Este tem a particularidade de ser um maxi, com uma versão instrumental do tema e misturado para esse formato pelo grande Nick Martinelli, um dos grandes responsáveis pela imposição do formato de doze polegadas e um verdadeiro mago das extended mixes que fizeram a glória do Disco.

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Guru Guru – Tango Fango (Brain, 1976)

Que agradável surpresa, encontrar este disco ao lado dos dois de cima (nada a ver, pois não?) na mesma Cash Converters e por apenas 75 cêntimos. Trata-se de um álbum de um grupo que é referência para os amantes de Kraut. Ok, não é nenhum dos dois clássicos maiores do grupo (Känguru de 1972 ou Guru Guru de 1973), mas ainda assim é um belíssimo álbum de rock cósmico a que ninguém pode dizer que não, sobretudo por este preço e tratando-se da edição original em gatefold.

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Johnny Mandel – M*A*S*H (Columbia, 1973)

O tema a reter aqui é a versão de Ahmad Jamal do tema título: carregado de groove e alma. Mas todo o Lp tem interesse, até por causa das sampláveis doses generosas de diálogo do filme que por aqui aparecem.

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Sonny Rollins – The Cutting Edge (Milestone, 1975)

Trata-se da prensagem espanhola, mas por 1 euro (Feira de Algés) não havia que hesitar. Neste álbum, que foi gravado ao vivo no palco do Festival de Montreux em 1974, Rollins surge acompanhado de nomes grandes como Mtume (percussionista em álbuns-chave de Miles Davis) e Stanley Cowell (pianista) entre outros. E é mais uma prova do génio deste colosso do saxofone. A versão de Swing Low Sweet Chariot é de ir às lágrimas!

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Krupa & Rich – Krupa & Rich (verve)

Que bomba! Só é pena não estar em melhor forma, mas é um grande disco de dois génios maiores da bateria. E isso deveria bastar para convencer qualquer um. E depois a capa é um mimo. Pelo tamanho dos bombos, dá para perceber que estes eram dois bateristas que gostavam de causar impacto. A música, claro, é igualmente de primeira água.

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LP Documento – A Década de 60 (Movieplay)

Documento curioso este: Luís Filipe Costa passa em revista a década de 60 debitando uma série de textos genéricos sobre eventos como o Vietname, a crise dos mísseis cubanos ou a chegada à Lua, correntes culturais como a Pop Art e a nova folk, curiosidades como a era psicadélica etc. Enquanto os textos vão sendo lidos José Niza vai improvisando uns arpégios de guitarra sobre eles. Ou seja: muita coisinha para samplar aqui…

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Willie Smith – The Music On My Mind (MPS)

Disco fabuloso este: Willie “The Lion” Smith era uma lenda do piano jazz de Harlem quando gravou este confessional disco na Alemanha em 1966. E nele, Smith, ao piano, vai debitando músicas e histórias que acabam por ajudar a compreender não só a sua personalidade, mas um pouco da história do próprio jazz. Sempre de charuto ao canto da boca! Willie tinha já 70 anos quando gravou este disco.

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Rod Hunter – Soul Makossa (Decca, 1972)

Na capa deste álbum, por debaixo do nome Rod Hunter, pode ler-se “The King of the moog”! O que deve afastar qualquer dúvida sobre o conteúdo. Este é o segundo álbum de Rod hunter que arranjo, mas apesar desta capa ser radicalmente diferente da do outro álbum de Hunter que possuo, o reportório é quase o mesmo. Com excepção de alguns temas como o clássico Soul makossa de manu Dibango ou o também clássico What I’d Say de Ray Charles. Há mais a ter em conta neste disco: versões para Apache, Pop Corn, Telstar e um fabuloso Snoopy!