1/04/2006
Blogs essenciais e a Tudo o que nós queremos
Com a entrada do novo ano, surge o blog de Ricardo Raínho, chamado Dancing Fish e, como o nome indica,
No blog do Major Eléctrico, fala-se a determinada altura, dos novos EPs da Whatever we want, a editora associada à Stussy que, com uma distribuição fraquíssima e edições limitadíssimas, conseguiu pôr o mundo dos coleccionadores num alvoroço. E para isso bastou um nome estar associado à coisa : Harvey, aqui tendo como emplastro ele próprio e a ser lambuzado por Carlos, o responsável pela WWW. E bem merece o beijo : participando no primeiro Map of Africa e dando todo o apoio institucional que a sua imagem tem nos círculos musicais, Harvey foi a cereja no bolo e o motor necessário para catapultar a editora para o céu, sem ter de passar no purgatório. Atribuindo o seu selo de qualidade, não seria de espantar que o interesse (loucura?) em relação à WWW fosse outro caso El Harvey não desse a sua benção.
Residente agora em Los Angeles, Harvey tem utilizado a sua preponderante cultura musical para espicaçar ainda mais o outro lado do Atlântico a acompanhar os passos seguros dados em 2004 e 2005 pelos Europeus. Mas, com a velocidade que editoras como a Rong ou a Headinghome estão a andar, 2006 é, neste som, de certeza, o ano dos americanos.
Mas julgo que não vai ser só aqui. Não é preciso estar-se muito atento em relação às edições dos últimos meses do ano para perceber que os americanos estão a rodar a rotações mais elevadas, prontos para acabar ou, pelo menos, para acalmar o reinado de Colónia e colónias. Já o estavam a fazer nesses meses e espera-se que a avalanche continue.
Só como curiosidade, e porque é de diggin' que também se fala quando se está a falar do universo dos reedits, o tema "Black Skinned Blue Eyed Boys", retocado pelos Map of Africa no segundo (e, na minha opinião, o seu melhor) EP, pode ser encontrado cá em Portugal em 45 rotações. O tema é dos The Equals, a antiga banda do Eddy "Electric Avenue" Grant, e costuma aparecer nas Cash Converters, quase sempre em mau estado, mas pode ser que tenham sorte. A edição é da President e vale muito a pena. E sempre fica mais barato que o rework dos Map of Africa.