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HitdaBreakz

5/11/2005

OUTRA COMP DA STONES THROW


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A Stones Throw continua a surpreender o mundo do diggin' com as suas compilações. Agora, chegou a vez de procurar em África (por onde andou também o Gilles Peterson - vejam uns posts mais abaixo) por discos que consigam captar o interesse desta enorme comunidade sedenta por novas descobertas de funk por todo o mundo.

No entanto, não esperem uma Funky 16 corners africana. O ênfase da compilação está no facto de serem discos africanos com ligação no psicadelismo. A verdade é que a ligação nem sempre é evidente, principalmente para quem gosta do seu psicadelismo puro e duro. Mas também não se pode esperar um disco dos Grateful Dead em África. Não faz grande sentido, todas as referências do psicadelismo em África são bem distintas do psicadelismo da Costa Oeste, mesmo que haja uma coincidência de causas.

Assim, é neste conceito livre de psicadelismo que se deve ouvir o disco, sem preocupações de comparação entre o psicadelismo de São Francisco e o patente neste disco. O psicadelismo africano que a Stones Throw nos oferece é uma mistura fina de direcções sonoras que tão facilmente podem ser os ritmos cubanos como reminescências do hipnotismo felakutiano.

Resta referir que este disco é uma jointventure entre a Stones Throw e a Luaka Bop de David Byrne. Assim, fica, desde já, respondida a pergunta "se isto é o volume 3, onde está o 1 e o 2?" - é no catálogo da Luaka Bop que encontram esses volumes. Mas mais do que isso, esta associação confere ainda maior credibilidade à compilação, já que é bem conhecida a excelência neste campo da Luaka Bop e que recomendo a todos os diggers não só como fonte de beats mas como forma de abrirem os horizontes para música fora da habitual fonte de samples do hiphop que é a soul, o jazz e o funk feito e refeito na terra do Tio Sam.