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HitdaBreakz

4/21/2005

BREAK DA SEMANATM : AMON DÜÜL II - LUZIFERS GHILOM


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Ok, e para esta semana, eis algo um pouco diferente. Um "break" (as aspas já se explicarão um pouco mais à frente) com origem na prolífica e ultra-interessante cena Krautrock da Alemanha, mais concretamente no primeiro dos álbuns dos Amon Düül II, Phallus Dei, editado em 1969. Segundo os cânones clássicos do funk, talvez falte um pouco de swing a este "break" de bateria, mas serve o exemplo para, uma vez mais, demonstrar que o alimento necessário para as vossas MPCs pode chegar das mais diversas proveniências. Até do álbum de estreia de um grupo de hippies desertor de uma comuna de actvistas políticos que procuraram na música e nas drogas um escape para a sombra da segunda guerra mundial que, na década de 60, ainda pairava solene sobre as Alemanhas.

Sobre a banda, a sua carreira e a sua discografia poderão (e deverão) ler mais aqui, um site carregado de informação preciosa para os que se interessarem em colocar este grupo no seu mapa pessoal. Em traços gerais, no entanto, podemos explicar que esta segunda encarnação do projecto Amon Düül se ficou a dever a um desejo de encarar a música mais seriamente, para lá das desvairadas e alucinogénicas jam sessions que garantiram os primeiros três álbuns desse colectivo. A versão Amon Düül II correspondeu aos desejos de maior dedicação de Chris Karrer, John Weinzierl e Renate Knaup. E esses desejos ficaram logo bem vincados no seu álbum de estreia, Phallus Dei, disco em que o grupo se apressou a assumir a sua filiação na tradição mais psicadélica do rock, expressando na sua música as influências tanto de colectivos norte-americanos, como ingleses. Mas, talvez pela distância, talvez pelo cenário socio-político tão específico da Alemanha desta época, o som dos Amon Düül II era singular, orgulhosamente distinto. De tal forma que, ainda hoje, este álbum é referenciado como um dos pontos altos da história do Krautrock.

As pistas estão dadas. Cabe agora aos crate diggers que nos lêm investigar mais a fundo. O meu exemplar deste álbum, que não possui a capa original, tratando-se de uma edição inglesa dos anos 70, chegou-me às mãos através de uma troca, mas já o vi em Portugal em lojas como a Discolecção, por isso fiquem atentos. O combustível rítmico para as vossas criações não tem que necessariamente chegar de discos de funk editados até 1973 nos Estados Unidos. Há baterias soltas, ritmadas e a implorarem para ser sampladas nos mais diversos géneros musicais (ok, talvez não em discos de polka, mas acho que percebem a ideia...). Este é apenas um de muitos exemplos possíveis. Finalmente, desculpem o facto do ficheiro estar apenas a 32ks, mas a ideia é levar-vos a ouvir o máximo desta faixa. Boa caça!

BREAK DA SEMANATM: AMON DÜÜL II - Luzifers Ghilom [audio]