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HitdaBreakz

10/16/2004

5 BREAKS PARA DOWNLOAD


Normalmente não nos apanharão a fazer isto: oferecer assim de mão beijada 5 belíssimos breaks - um digger tem que se fazer à estrada e empoeirar os dedos! Mas um verdadeiro digger também não se contentará com estas cópias de vinil a 128 ks e preferirá obter os originais. Digamos que isto é material de estudo. Que não será de todo impossível arranjar pois todos estes singles e LPs foram obtidos em Lisboa e redondezas. Ouçam e não hesitem em dizer-nos o que acham deste pequeno lote! Despachem-se que esta coisa do yousendit.com não guarda os uploads durante muito tempo! O Hit Da Breakz espera os vossos comentários!


Sérgio Mendes & Brasil 66 - For What It's Worth (A&M, 1971, 7")

Esta batida sempre me soou demasiado desaproveitada neste single, uma versão do clássico hippie dos Buffalo Springfield. Soa já como um loop num disco de hip hop bem fumado... Sérgio Mendes pode ser olhado de lado por alguns puristas e às vezes descartado como uma versão brasileira de James Last, mas o senhor tem grandes discos e um pouco graças à inclusão da sua versão de Zanzibar numa das compilações de Gilles Peterson, os seus discos já não são tão comuns como isso. Mas ainda aparecem. Olhos (e ouvidos...) abertos, portanto!


Stevie Wonder - All day Sucker (Motown, 1976, 7")

Este single é um pouco estranho, por diversas razões. Em primeiro lugar é suposto encontrar-se esta rodela de sete polegadas nas edições em vinil de Songs in the Key of Life. Em segundo por é um EP de quatro temas, que toca a 33 rotações. Com canções, como o caso da All Day Sucker que podem ouvir aí em casa, que chegam aos cinco minutos... Porque é que não sairam estes temas antes num 12"? Beats me... Seja como for, o beat que abre All Day Sucker é bem curioso: ácido e funky ao mesmo tempo. Para mim, isso basta!


Manuel Gas - I'm a Man (Fontana, s/data, LP El Sonido de Manuel Gas)

Manuel Gas era (ou é) mexicano ou espanhol, dependendo da fonte em que se queira acreditar, e ganhava a vida a gravar música dos outros, naquela época em que gente valorosa como James Last, Paul Mauriat e Bert Kaempfert liderava o mercado das actuações em casinos. Este é o seu melhor LP, com versões que cruzam o universo do psicadelismo com o das bolhas de champagne dos casinos, como é o caso de Jingo do grande Candido (que gravou para a Salsoul o original deste clássico proto-house) ou de I'm a Man, do não menos grande Steve Winwood. O break a meio do tema é algo rápido, mas é igualmente potente!


The Electric Indian - My Cherie Amour (UA, s/data, 7")

Não sei grande coisa destes Electric Indian, mas esta versão de um clássico de Stevie Wonder, My Cherie Amour, é bem interessante, algures entre uma sonoridade lounge e um funk mais refinado (à maneira dos Mystic Moods Orchestra). O tema presente no lado B tem a particularidade de ser arranjado por Vince Montana, cérebro dos MFSB e do som de Filadélfia e mais tarde líder da Salsoul Orchestra.


Johnny Bristol - Lusty Lady(MGM, 1975, LP Feeling the Magic)

O álbum de Johnny Bristol que interessa mesmo ter é o Hang On In There que tem o grande Woman, Woman, um pedaço de soul caído do céu e amparado por uma guitarra acústica. Neste álbum, mais tardio, Bristol procurou afastar-se um pouco daquela ideia de uma soul mais próxima da folk (como que gente como Terry Callier, Ritchie Havens ou Bobby Womack em tempos praticou) que norteou o seu clássico Hang On In There e optou por uma sonoridade mais "slick" e moderna. Logo a abrir o lado 2 está este Lusty Lady e percebe-se ao que vem Johnny Bristol: este é um daqueles discos para fazer bebés...