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HitdaBreakz

9/17/2004

I DON'T KNOW WHAT THAT IS


O Break da Semana TM desta semana vai chegar ligeiramente atrasado. O digga está com dificuldades com o seu acesso à internet (Netcabo, metam isso em ordem!... deste lado, a situação não é muito melhor... liga, desliga, liga, desliga) e vai meter o break dele (fazemos isto alternadamente) ou sábado ou domingo, se tudo correr bem.

Ando é preocupado com tudo isto que se tem passado nestes últimos tempos no mundo e incerto se este crescendo negativo em tantas frentes (política, belicismo, economia, sociedade) é mais um ciclo negativo antes de um ciclo positivo, como tem sido sempre, ou se é apenas mais um passo numa espiral sem fim (eu ataco-te, tu atacas-me porque eu te ataquei, eu ataco-te porque tu me atacaste porque eu te ataquei...). E é nestas alturas que a inocência de uma criança é a única maneira de termos a certeza de que tudo vai correr bem.

Tom Clay - What the world needs now [audio]

A música que está no link acima é de um disco do Tom Clay, um dj da rádio em Los Angeles, chamado "What the world needs now", editado em 1971 na Mowest (a subeditora da Motown, responsável pela edição do disco da Syreeta). O original é, claro, do Burt Bacharach, mas esta versão é diferente. É feita, entre outras coisas, com um x-acto, bobines de audio, bom gosto e a técnica cut&paste, tão utilizada no hiphop e levada mais longe por gente como a dupla Double Dee e Steinski ou os ingleses Coldcut. E com essa técnica, Tom Clay leva o original do Burt Bacharach mais longe do que o próprio Burt poderia ter feito, dando-lhe um cunho de época (o assassinato dos irmãos Kennedy e intercalando a "What the world needs now" com a música "Abraham, Martin & John" [audio], uma canção política, de 1968 cantada por Dion no original, onde ele pergunta onde está Abraham Lincoln, John F Kennedy, Bobby Kennedy e Martin Luther King) mas que, infelizmente, serve tão bem para banda sonora dos dias de hoje.

E, por muito bonita que seja a música do Burt Bacharach, faltava-lhe uma criança. Ainda bem que Tom Clay a encontrou.